Há borboletas que atravessam um oceano, o mesmo atlântico que eu pretendo cruzar. Ao contrário de outras espécies que fazem curtas travessias parando para descansar, esta aventurou-se mais, muito mais, chamam-lhes bela dama e dizem-nas mundanas. Deve ser o seu desejo de ver mundos outros que as leva a superar-se. Oxalá que eu também consiga ultrapassar as minhas fragilidades, esta foi uma semana atravessada por constipações, calor febril, momentos de insónia e alguma insatisfação. Às vezes é preciso ir respirar do outro lado do oceano, ou do outro lado de nós próprios.
~CC~
Mesmo sem entender o que seja, parece-me mais fácil respirar do outro lado de nós próprios. O outro lado do oceano surge-me longínquo em demasia. Como é que a Vanessa Cardui consegue esvoaçá-lo é que não sei. Não dorme? Não come? Não descansa? Parece-me tão frágil...
ResponderEliminarPobrezinha da CC. Doente e a gente sem saber de nada. Se soubéramos, enviávamos uma força mental que ajudava a curar. Também não sei onde é o outro lado do Atlântico, que lados de oceanos me desorientam (mais). Mas se tal a melhora, pois vá depressa respirar esse ar benfazejo que a faz regressar a si mesma. Há uma nota de desânimo no seu texto.
Um abracinho e votos de boa viagem
E que nome curioso tem o bichinho.
ResponderEliminarVanessa Cardui. Gostei de conhecê-la com este nome.
ResponderEliminarUma bela-dama que gosta de respirar novos ares, na primavera
e no outono. Também eu, por vezes.
Obrigada.
Abraço