Com o frio chegou também o silêncio. Enrolo-me nele como numa manta, gosto dele. Encho a cozinha com o cheiro a maçã assada. Mais logo aquecerei a sopa intensamente verde, intensamente laranja ou avermelhada, gosto delas com cor.
Esqueço a dor no braço direito, a enfermeira disse que não podia doer, logo não dói.
Tenho saudades. Essas sim, sem dor. São só a nostalgia do teu barulho, do teu desalinho.
Desarrumo devagarinho alguns sonhos. Faço-o muito mais quando anoitece no Outono.
~CC~
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