quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Só mesmo do ar


É o excesso de vozes e de sentidos que me cala. São os dias de grande intensidade que me esgotam e não os dias grandes, de silêncio maior. Preciso da quietude para que a palavra nasça, se desenrole e me dê prazer. Dizia ontem uma poetisa, no seminário, que para ela a palavra era urgente, se não a fizesse nascer, não conseguia respirar. Eu só preciso mesmo do ar. Deve ser por isso que não sou poeta.

~CC~

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