quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Caixa de bombons (II)

 

Plenamente negro por fora, contudo, à primeira dentada, revelou um interior branco, ligeiramente amargo, talvez whisky. Delicioso como o primeiro.

Vi-me, branca por fora, quantas vezes negra por dentro. Não negra de sombrio, doença ou morte mas negro de brilho, dança, calor, terra mãe. 

Duas peles juntas, negra e branca, branca e negra. Ou rósea, que não há peles brancas. Que bonita é a diferença e como seria monótono se tudo fosse de tom único. E há ainda quem não saiba olhar, apreciar, amar isso.

~CC~

6 comentários:

  1. Muito bonita a descrição das sensações!
    Também quero uma caixa de bombons, destas mágicas …

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ai...não posso partilhar...quanto muito um bombom mas fica obrigado à escrita:)

      Eliminar
  2. Respostas
    1. Dos pequenos nadas pode nascer tudo o que quisermos:)
      Abraço

      Eliminar
  3. Não é sob a perspectiva estética que as vejo. Por mim podem ser branco com branco (ou róseo com róseo) como negro com negro ou a mistura de ambos. Estou com António Gedeão e a sua lágrima de preta: somos todos iguais, a cor é um pormenor de diferença, importa tanto como ter cabelo loiro ou negro, acastanhado ou ruivo. Nenhuma delas nos faz mais ou menos humanos.
    Mas o preconceito existe.
    O que um bombom pode fazer!

    ResponderEliminar

Passagens