sábado, 10 de junho de 2023

Dizer NÃO

 

Bem sei que hoje é um dia sério. Confesso, gosto muito deste país, só o trocava por uns outros dois ou três no mundo. Tenho sempre saudades de cá quando viajo, até no Brasil onde a maior parte deseja permanecer.

Só espero que não se torne num inferno turístico, Lisboa está a caminho do desastre. A Arrábida foi tomada pelos fundos monetários sem nome nem rosto. O Algarve era lindo antes da tragédia. Agora é aqui bem perto, do outro lado do Sado que a ameaça é mais intensa. Grandes resorts para alguém ocupar um mês por ano ou ainda menos. Não conheço sector onde as alianças mais estranhas aconteçam, parece que não há partidos políticos nem ideologias, apenas lucro à vista, mascarado de oportunidades de emprego para a população local. Não é possível proibir, nem desejável, todos devemos poder usufruir da luz magnifica que é singular de um país, mas há limites que deveriam ser claramente colocados. O mais possível a favor do travão ao alojamento local e outros travões semelhantes.

Hoje os discursos deveriam começar todos pelo que NÃO queremos que este pais seja, pois somos o país do SIM. 

~CC~



4 comentários:

  1. É possível proibir. Nas férias grandes ia quase todos os dias para troia. Se fosse hoje não podia, porque não podia pagar.

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  2. Não gostaria de mudar de país; apesar dos defeitos que encontro, sou orgulhosamente portuguesa. E o Brasil nunca seria - por vontade - minha segunda casa. No entanto, tenho facilidade de adaptação. Pois é como em tudo, "pode até ser proibido, mas pode-se fazer", a afirmação não se limita ao caso do aborto.
    Agora, CC?! Em Tróia, Comporta e afins, é um agora com décadas. Que o mar só ainda não foi proibido à populaça que trabalha e não ganha para férias principescas, ou não ganha mesmo para as ter fora de sua casa, por ser proibido fechar as praias. Mas há tanto modo de fazê-lo sem o fazer.
    Diz Gonçalo Cadilhe num dos livros em que corre a costa portuguesa a pé e de mochila, que Soltróia é uma cidade/aldeia fantasma.; fora do verão, jaz abandonada. Bem sei que por ali vive gente todo o ano, mas é pouca. E são casarões enormes e lindos que apenas ganham vida no período estival. Temo que as cancelas hoje levantadas, um dia barrem a entrada do pobre. E o que sucede na Comporta e em Troia deve acontecer ao longo da costa. Estou por fora do que se passa na Arrábida, não frequento tal zona senão em finais de primavera quando o trânsito é calmo e os parques têm lugares livres.
    Bom domingo

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    1. Um "agora" lentamente construído mas ultimamente em grande aceleração Bea. Tentam tudo para barrar a entrada do pobre sim, ou do simples remediado ou cidadão da classe média. A luta pelo Parque de Campismo da Galé foi isso mesmo, o gigante tanto fez que finalmente engoliu Golias...não foi ao contrário. Que revolta!

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