Olho para ela demoradamente, vítima do incêndio de há dois anos nestas encostas de Palmela, que percorremos agora com quem anda a proteger cada carvalho, cada sobreiro novo que nasce. Há quem lhe pergunte qual a razão para não terem cortado estas árvores, algumas são só um tronco carbonizado na paisagem. É preciso esperar, disse. Algumas renascem por si, vão à luta.
Olho para esta árvore e sinto uma grande afinidade, apetece-lhe segredar-lhe ânimo e força e dizer-lhe: vais conseguir, nós conseguimos.
~CC~
Em silêncio, as árvores sabem mais que nós. São apenas admiráveis. Ontem passei por um eucaliptal no lugar exacto onde foi o pinhal que a minha infância atravessou vezes em conta. Parece que foi arrancado e plantaram eucaliptos (dei por eles ontem). Os eucaliptos arderam, ficou tudo estorricado, mas ontem reparei que, no lugar de cada um existe uma moita de rebentos. As árvores revivem. Erguem-se para o sol e já está.
ResponderEliminarO mistério para mim está no modo como umas conseguem e outras não, tal qual nós.
EliminarJá comentei mas não sei se se perdeu o comentário.
ResponderEliminarFoi mais ou menos assim:
A natureza é indomável.
Um abraço.
Pois...eu é que não sou eficaz como devia a publicá-los, ando para lá e para cá como as ondas do mar. Gosto da palavra "indomável", acho que também tenho afinidade com ela:) Um abraço
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