De que lhe adianta a minha tristeza? De que lhe adianta a minha ansiedade? Porque não vou outra vez dançar, talvez isso pudesse adiantar-lhe mais.
Mas agora não posso, não consigo. Até o barulho me incomoda, como a incomodava o latir dos cães na esplanada, era um dos seus tormentos.
Tenho que me animar eu sei, até porque assim triste não consigo visitá-la, lá nesse lugar em que algumas pessoas encontram a saúde e outras já não conseguem, não podem fazê-lo, só é possível minorar o sofrimento, conseguir a paz.
A tristeza eu tolero, sei-a, conheço-a, dou-lhe a volta. À ansiedade é mais difícil, ainda não lhe decifrei o código genético. Nenhum Verão devia ter dias difíceis.
~CC~
Nenhum verão deveria ter dias difíceis
ResponderEliminarPois...mas temos que dar a volta!
EliminarMau Maria. Então ainda ontem a CC dançava e hoje vem-nos assim a modos que.
ResponderEliminarTenho certeza que os dias difíceis não escolhem as estações, mas quase acredito que escolham as pessoas. A minha experiência de visitas a, digamos, amigos que não melhoram é já de certa dimensão; gente de quem gostamos e sentimos que quase diariamente está deslizando para o inabitável. Não sei o que fazer contra a ansiedade, mas sei que nunca me impediu de ir aos ditos lugares. Talvez a princípio me custe, volto pior. Mas, em grande parte minora ou é suplantada com a continuidade por sentir que, de algum modo, a minha presença faz falta a essa pessoa. E, se essa amiga se encontra em lugar onde ainda é possível pacificá-la, acredite, é de louvar. Não sei se é o caso. Ou será melhor acalmar o ser ansioso que mora em si (foi da chuva e do cinzento do dia?) e de que não li razão, mas parece coisa séria. Seria um doente a visitar outro. Não haverá antídoto para?!
Boa sorte CC!
As coisas mudam de um dia para o outro às vezes, os estados emocionais são muito voláteis e dependentes de um conjunto de circunstâncias que nem sempre dependem de nós. A cada um as suas lutas e eu cá tenho estas, o antídoto não existe, mas a luta continua. Beijinhos.
EliminarUma circunstância que muitos nós conhecemos... mais do que uma vez.
ResponderEliminarQue tudo corra o melhor possível.
Um abraço.
É uma situação sem retorno aos 58 anos, bastante difícil. Obrigada por vir e pelo abraço.
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