segunda-feira, 17 de março de 2014

Viagens



O teu cheiro, o meu cheiro, aquele cheiro a mar.

Gravados no olhar os bandos de pássaros atravessando o crepúsculo.

Os corpos maduros têm outras tonturas.

Já foi, podia continuar a sê-lo.

É a meio do caminho que as águas se chamam fontes e são muitas em números redondos.

Mil e uma noites, mil e um ladrões, ali babá.

As furnas escondem os ovos prontos a eclodir quando aquecer.

As pedras são tão redondinhas, esqueci-me de trazer a que me ofereceste, uma pedra tão boa para caber na minha mão, às vezes servir-me de coração, amanhã precisava dela para o sangue não bombear aquela tristeza do costume nos lugares de azedume.

Maresia doce. Beijinhos para a semana. Não vão durar, a meio da semana acabam sempre.

As giestas já espreitam pelas estradas, fico parada a olhar cada casinha branca que provavelmente nunca terei.

Eu, maresia tonta.

~CC~

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