quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Pelo menos pelos óculos



Por volta dos 45, os óculos tornaram-se inevitáveis para ver ao perto. Tenho apenas dois pares, uns ficam sempre em casa e outros andam comigo na mala desde há dois anos para cá. Perco amiúde os que ficam em casa, enquanto os da rua subsistem heroicamente face à minha tendência para deixar as coisas por aí. Se vivesse numa mansão, a explicação para tal era compreensível, muito canto para se ocultarem. Mas moro numa casa de bonecas, não percebo em que lugar se podem esconder. Estou em crer que afinal isto é um castelo e tem amplas galerias que comunicam com a cidade ou que há fantasminhas (pequenos como a casa) que se divertem à minha custa. 

Acresce que tenho especial carinho pelos de casa por os ter herdado da minha sobrinha que os trocou por uma operação à miopia e anda agora sem adereços deste tipo. Não fora outras coisas adicionais como a necessidade premente de um beijo, um abraço, este seria um motivo forte para a tua visita, já que da outra vez os encontraste depois de um desaparecimento de dois meses. 

~CC~

1 comentário:

  1. Isso de perder coisas dentro de uma casa pequena é comigo. Hoje mesmo, desisti de procurar um casaco que queria vestir de manhã.
    Já me ocorreu ter também dois pares de óculos, pois, desde pelo menos os 42/43 não consigo ler se não puser os óculos. Ao que parece, perder a visão ao perto a partir dos 40/41 é sobretudo mal das mulheres.

    Bom fim de semana, CC. Abraço.

    ResponderEliminar

Passagens