terça-feira, 21 de março de 2023

Primavera, poesia.

 

Sentei-me à mesa e pedi.

Podia ser capuchinha, dente de leão, lavanda ou acácia branca.

Ou todas elas como salada.

Retiraria, claro, cada uma delas, a fim de distinguir a sua especificidade

Depois misturaria todas.


Tinham todas as flores

Teria que escolher

Só não tinham amores perfeitos

Justificaram

São muito perecíveis e morrem assim que se colhem.


Lamentei assim não poder identificar o sabor dos amores perfeitos.


~CC~




4 comentários:

  1. Ah, a CC queria comê-los vivos, escorrendo seiva, que é como quem diz, sangue de flor. Gostos mais impossíveis.
    Que tenha sido um dia poético. Com Poesia da boa. De certeza não o esqueço.

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    1. Caramba, sangue de flor não me soa lá muito bem, vamos ficar pela seiva...para nós que somos Primavera Verão, é agora que começa a poesia, certo Bea?!:)

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  2. Se são assim tão perecíveis não me parecem perfeitos CC, digo eu que de chás não percebo nada.

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    1. Joaquim, não será exactamente a perfeição algo que dura pouco? Tenho essa ideia. Mas olhe que não se falava de chás...era mesmo de flores comestíveis...já provou?

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