quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Primeira



Falar delas à medida que as vou conseguindo concretizar.

Ontem a primeira resolução.

Guardar uma noite por semana para ler ou escrever. Confesso que a leitura foi inspirada por inúmeros blogues que publicam listas incríveis de livros lidos num ano ou por resoluções do mesmo tipo. Contribuíram para que tomasse consciência de que, tirando os jornais e revistas, leio sobretudo nas férias, o que se resume a dois/três livros por ano. Posso sempre invocar o tempo pois quando estive doente li mais, muito mais. Mas se o tempo é um garrote, há que saber desapertá-lo, mesmo que devagar.

Escrever se não à moda antiga em papel e lápis, em modo reservado. Ainda tive a tentação de abrir a minha Ardósia Azul, era o meu blogue de escrita, nasceu amarrado a esse formato e acabei com ele exactamente por não querer estar amarrada a nada. Mas tive, tenho saudades dele. A Rua da Índia nasceu e vive sem a preocupação da escrita, da arrumação da palavra, da mensagem, é só o que apetece. Isso também me fez bem, me faz bem.

Vamos ver o que consigo. Para já começou o detox do que interessa menos: séries ou filmes, às vezes sem grande qualidade, apenas para minimizar o cansaço do dia.

~CC~




5 comentários:

  1. CC, não tenho resoluções de ano novo nem de época nenhuma. Tenho resoluções / decisões, e tomo-as, quando é preciso e quero.

    Desde 2012 que assento os livros lidos, com o título, nome do autor, editora e ano de edição. (Uma vez publiquei a lista anual, com as fotos de capa :))
    Ao longo destes anos, oscilei entre os sessenta e tal / ano (que era o meu número habitual durante vários anos com viagens diárias, grandes, em transportes públicos) e os vinte e tal. O ano passado li trinta e seis livros, bastantes dos quais no segundo semestre, em que concretizei mudanças importantes e voltei a passos diários em transportes.
    Se mantiver o mesmo figurino de vida no que às distâncias diz respeito (mas isto pode mudar), creio vir a ler bastantes mais livros. Isto porque gosto mesmo de ler - e às vezes escrever -, em transportes e noutros locais públicos, como esplanadas. Em casa costumo ler pouco os livros (leio outras coisas) e também não costuma ser o sítio em que me saem mais "linhas produtivas".(Continuo a escrever muito em papel.)

    Normalmente o tempo é a desculpa para o que gostamos / não gostamos fazer, porque de tal também depende a hierarquização das prioridades.

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  2. Isabel, tenho imensa admiração por quem consegue. Eu não ando de transportes públicos, trabalho os dias inteiros e às vezes ao fds também, sobram-me as noites. É nelas que tenho que criar espaço. Alguma recomendação de livros publicados o ano passado? Alguma coisa imperdível? Agradeço.
    Um abraço
    ~CC~

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    1. CC, alguns títulos dos últimos anos que vale a pena ler:

      - Liberdade, de Jonathan Franzen
      - Abraço, de José Luís Peixoto
      - A zona de desconforto, de Jonathan Franzen
      - A mulher de Porto Pin, de António Tabucchi
      - Até onde se pode ir, de David Lodge
      - Longe do abrigo , de David Lodge
      - O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde
      - Inventar a solidão, de Paul Auster
      - A ofensa, de Ricardo Menéndez Salmón
      - O revisor, de Ricardo Menéndez
      - O fantasma sai de cena, de Philip Roth
      - O teu rosto será o último, de João Ricardo Pedro
      - O livro dos homens sem luz, de João Tordo
      - Estorvo, de Chico Buarque
      - O jardim de cimento, de Ian McEwan
      - Correcções, de Jonathan Franzen
      - As horas, de Michael Cunningham
      -A vida nova, de Orhan Pamuk
      - Engano, de Philip Roth
      - Andar na vida, de Alexandra Oliveira
      - Meu amor, era de noite, de Vasco Graça Moura
      - O mundo - O mundo é a rua da tua infância, de Juan José Millás
      - Leite derramado, de Chico Buarque
      - Constelação, de Sónia Balacó
      - Canibal do sal, de Nuno Albuquerque Vaz
      - A convergência dos ventos, de Nuno Júdice
      - Histórias do senhor Keuner, de Bertolt Brecht
      - Livro do desassossego, de Fernando Pessoa
      - Novas cartas de marear, de José Luís Borges de Almeida
      - Os muros, de José Jorge Letria
      - Os despojos do dia, de Kazuo Ishiguro
      - Todas as palavras - Poesia reunida 1974 - 2011, de Manuel António Pina
      - Anatomia das tentações, de José Luís Borges de Almeida
      - Poesia completa de Jorge Luis Borges
      - A pura inscrição do amor, de Nuno Júdice
      - A viagem vertical, de Enrique Vila-Matas
      - O mundo em que vivi, de Ilse Losa
      - Ensina-me a voar sobre os telhados, de João Tordo
      - Cebola crua com sal e broa, de Miguel Sousa Tavares
      - Tantas palavras, de Chico Buarque
      - No teu deserto - Quase romance, de Miguel Sousa Tavares
      - Rayuela - O jogo do mundo, de Julio Cortázar
      - Para onde vão os guarda-chuvas, de Afonso Cruz

      (...)

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  3. Não costumo ter resoluções de ano novo. Acho que é por cobardia. Tenho medo (sei) que não cumprirei. :) Quanto a ler, também quereria ler mais, mas faço-o praticamente todos os dias antes de dormir. Uns dias mais outros menos.Talvez devesse fazer como a Isabel e apontar os títulos que leio. É que me esqueço muito facilmente...

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  4. Luísa, acho fantástica essa organização dos livros lidos mas como tenho que organizar tanta coisa na vida, não há disciplina que me possa chegar para tanto...e escrever Luísa, tem coisas bonitas...
    ~CC~

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