quarta-feira, 28 de julho de 2021

Peixinho pequeno é para deixar no mar


 Eis um princípio que se podia aplicar a múltiplas coisas em muitas situações.

As meninas que na praia brincavam com a rede de apanhar peixinhos pequenos. Com que prazer diziam que iam apanhá-los. Mas uma contou que no último dia um deles tinha morrido dentro do seu balde e o tinha enterrado e feito um funeral. Nem percebia que tinha sido ela a causar aquela morte que depois tinha transformado num ritual humano. Algures, na sua educação, já lhes deviam ter explicado que os peixes pequeninos são para deixar dentro de água, é tão bom vê-los a nadar na transparência do mar, senti-los a debicarem as nossas pernas. A avó, alheia às meninas, usou todo o seu tempo para o telemóvel, mas foi ela mesma que se zangou com elas quando resolveram apanhar lixo com o camaroeiro, uma actividade, sem dúvida, muito mais preciosa.

O ambiente grita de dor mas uma parte significativa da humanidade está surda e é egoísta. 

~CC~


9 comentários:

  1. Boa noite!
    O mesmo se passa com as estrelas do mar que tantas vezes as crianças apanham para os baldinhos, sem ninguém lhes explicar por que não o devem fazer.
    São pequeninas coisas que são tão importantes como levar as crianças à praia.

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    1. Eu acredito nas muitas pequenas coisas:)
      Já que as grandes raramente dependem do cidadão comum.
      Beijinho
      ~CC~

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  2. Creio que sim, CC, que tem razão. Mas, por vezes, os adultos esquecem essas lições e os mais novos não as aprendem. É talvez uma adulta falta de atenção.

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    1. A verdade é que os miúdos, muito pelo que a escola lhes tem ensinado, até têm ensinado os adultos, nomeadamente em termos da separação dos lixos. Mas a escola tem vindo a afrouxar essas questões ambientais que em determinada altura foram tão importantes e estava a ser feito um bom trabalho.
      ~CC~

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    2. A escola não é nem pode ser o único agente de formação. É apenas um parceiro, mas não pode ser-lhe imputada mais responsabilidade que à família. A questão ambiental não é de hoje e já os pais que existem tiveram formação escolar nesse âmbito. Nota assim tanta diferença?! Eles são talvez os tais que sofreram os efeitos do seu referido bom trabalho escolar. Pode ser positivo o efeito exemplar da escola (que não foi assim tão exemplar como isso), mas uma lança em África não ganha a guerra.

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  3. Estamos desconectados da nossa natureza, muitas vezes ilusorianente conectados uns aos outros.

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    1. Concordo com as duas coisas Ana A. obrigada por vir.
      ~CC~

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  4. O mais difícil e lento de mudar são as mentalidades CC.

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  5. Mas vão mudando Joaquim, está também nas mãos de cada um de nós.
    ~CC~

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