segunda-feira, 30 de outubro de 2023

As pequeninas descobertas

 


Descubro o sabor amendoim-caramelo, claro que do fazedor de gelados, noutros lugares deve ser enjoativo.

Descubro outra vez como é bom acordar num dia de sol depois de tanta chuva, tudo lavado e luminoso.

Descubro que apesar da intensidade do trabalho consigo dormir, noutras ocasiões não.

Treino mais e mais o perdão e percebo que consigo.

Descubro que consigo fazer cedências, deixar que lhe comprem rosas brancas e amarelas quando as queria vermelhas, dizem que tal cor não é adequada à ocasião.

Mas por dentro eu sou sempre rubra como as árvores de Benguela.

~CC~

 

4 comentários:

  1. Viva as 'pequeninas descobertas' e o sabor a amendoim-caramelo...

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  2. Bem, hoje também quis comprar rosas vermelhas mas não consegui. Mas também gosto de branco e amarelo rosa-chá, logo, não muito vivo (nas rosas).
    Do que gostei mesmo foi da última afirmação. Contudo, desconheço o vermelho das árvores de Benguela que devem ser uma maravilha.
    Também durmo razoavelmente bem, mas com ajuda. E descobri que deixei de ter dores de cabeça e acordo um tanto ou quanto normal.
    Não sei se treino o perdão, porque a gente perdoa mas não esquece. E por vezes sou demasiado dura no modo e na palavra.
    O que mais tenho treinado é a paciência e a compaixão.
    Prefiro o caramelo ao amendoim, mas repito, há partes do meu corpo que os repelem e ficam quase uma semi-recta a não os querer.
    E posto isto, sei lá eu a minha cor interna. Tenho certeza que não sou sempre a mesma cor.

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    1. Nem eu, acho que a cor por dentro vai mudando, mas o vermelho a variar entre o claro e o escuro de acordo com a intensidade da luz combina bem com alguém como eu, em geral apaixonada pela vida.

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