terça-feira, 23 de julho de 2024

Atendimento excessivamente personalizado

 

Procuro cada vez mais comprar nas lojinhas pequenas no centro e nas artérias laterais da minha cidade. Se aqui não se aplica o princípio do produtor-consumidor, há por certo outras lógicas, outros produtos, outra forma de encarar o cliente.

Mas às vezes as coisas não correm como esperamos.

Procurando um fato de banho ou um biquini, fiquei encantada com a forma como aquela montra os mostrava. E entrei. Directa a mim a senhora nem me deixou explorar o que havia, primeiro quis logo mostrar que era a proprietária, depois disse que me ia orientar na procura e por certo íamos achar "juntas". Até lhe perdoei o exagero, mas piorou quando ela tirou a fita métrica e sem qualquer aviso começou a tirar-me as medidas. Entrou sem aviso na minha bolha dos 20 cm e logo para medir o peito. Afastei-a não com toda a vontade que desejava e retorqui que sabia o que me servia, não era preciso medir. Ficou chateada e empregou uma qualquer palavra francesa para definir o seu trabalho de apoio, que era a sua missão profissional.

Nada mais correu bem a partir dali. 

Não só não comprei nada, como me esqueci dos óculos escuros e tive que lá voltar. Mas o pior foi a vontade que me ficou de voltar às lojas onde entramos, nos ignoram, provamos o que queremos e ninguém sabe que existimos. Afinal não gosto de atendimento personalizado, ou pelo menos excessivamente personalizado.

~CC~




6 comentários:

  1. Também me parece que não iria gostar. O atendimento personalizado tem os seus contras:). Chamarem querida e meu amor a todos clientes, bole-me com os nervos. Contudo, há gente que parece talhada para o atendimento público, sabe aproximar-se sem ser nociva. Pobre CC. A vida tem dias e horas de sinal menos.

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  2. Isso acontece-me muitas vezes.
    Apoiar o comércio local nem sempre
    é agradável ou mesmo possível.
    Abraço
    Olinda

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    Respostas
    1. Mas é um princípio do qual não gostaria de abdicar...a ver vamos. Abraço

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