Acontecimentos esperados e inesperados em sucessões tristes, pequenos lampejos felizes, tudo na vertigem de uma semana intensa, veloz.
Perco pessoas queridas, vejo pessoas queridas perderem pessoas queridas. Creio que afinal é esta a maior dificuldade da idade, muito mais dolorosa do que eu já não conseguir caminhar para além dos 7 Km, ter medo e vertigens nos pontos altos, desistir antecipadamente dos trilhos que os mais novos querem fazer e fraquejar antes das viagens de avião. O que são as rugas no espelho quando comparadas com a ausência dos seres amados, com esses lugares vazios que eles deixam, como se fossem buracos escavados em nós que nenhuma terra consegue tapar?! E como consolar quem passa pelo mesmo que nós e nos é tão próximo? Que palavras escolher, que perfume colocar no abraço, que podemos oferecer que seja esperança e apoio para o passo seguinte?
Não vem nos manuais de envelhecimento, muito menos dessa coisa chamada envelhecimento activo, mais uma tontice da modernidade.
~CC~
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