É das coisas boas desta profissão, há sempre um ou uma colega da qual gostamos e encontramos casual ou propositadamente no nosso lugar comum.
E nós não nos podemos encontrar que a conversa flui sem barreiras, entretidas como duas miúdas. Olhámos assim uma para a outra boquiabertas quando nos disseram, vinte minutos depois, que tinha havido um sismo. Passou ali entre nós ou ficou parado à porta da nossa conversa, nada sentimos.
Mais tarde alguém disse: os sismos sentem-se muito mais quando estamos sozinhos. Sozinho é uma palavra de mil nuances, pode ou não vir vestida de solidão, de mal e de bem, de preto ou de azul. De qualquer modo prefiro que os sismos passem por mim com baixa intensidade e de preferência que esteja a conversar com alguém que goste.
(medo? sim, tenho imenso medo)
~CC~
Assusta. Não foi o último.
ResponderEliminarUm abraço.
Desde que não aumentem a sua intensidade...Torça por isso!
EliminarBom que o não sentiu, CC. Sinal de que não estava sozinha; ou não se encontrava nas redondezas do epicentro. Também o não senti e creio que no meu sítio poucos terão dado por ele. Pensar em estar viva debaixo de escombros é deveras assustador. Morrer num repente, não se me dá. Mas penso nos abalos que Lisboa já sofreu e, sabendo que se vão repetir, temo. É muita gente a sofrer os danos.
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EliminarAssustador mesmo. Também preferia não estar cá. Ainda assim vejo os japoneses enfrentá-los e pergunto pelo que nos falta.