quarta-feira, 1 de junho de 2016

Minha amiga


Minha querida

Que deuses são os teus para me poder ajoelhar diante deles? Deuses de terra sem dúvida. Deuses que vi aparecerem em tantos momentos da nossa vida conjunta, instalados no sorriso da canção dos Trovante que cantas tão bem. Deuses cravados no brilho do teu olhar, às vezes tão de menina, de mão dada com a minha filha, ligeirinhas Plaza mayor adentro como duas adolescentes.  Deuses gregos ou romanos sem dúvida porque esses são consagrados às coisas que mais amamos. Por isso se não existem na mitologia, sugiro pelo menos mais três deuses. Um que velasse pelos amantes dos brincos, esse adorno que salienta uma das partes mais discretas mas bonitas do corpo e com o qual te enfeitas tão bem. Sugeria também um deus consagrado aos gatos, dado o bem que lhes tem feito, será um Deus a torcer muito por ti. E por fim o deus dos amigos, esse por certo saberá o quanto nos tens dado e não precisará de nenhuma oferenda para interferir no destino a teu favor.

Tantas foram as vezes que a vida te colocou à prova e venceste sempre, mesmo que as cicatrizes mostrem às vezes o quanto isso foi duro e difícil. Esta é só mais uma prova mas sem dúvida uma das maiores. Não sou muito efusiva nem intrusiva, fico aqui no meu canto a pensar em ti sem saber qual o melhor modo de ajudar. De alguma forma o que me resta do pensamento mágico infantil é acreditar que se o fizer de modo positivo, isso permitirá ajudar as próprias energias do universo, vulgo entranhadas em máquinas e medicamentos e utensílios e saber médico.

Penso muito em ti e estou contigo.

~CC~


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