segunda-feira, 15 de julho de 2019

Ladaínha feliz



O que me apaixona é a cor deste mar.

Não, o que me apaixona é a cor deste céu.

Não, o que me apaixona é a cor desta areia, junto a este mar, debaixo deste céu.

Não, o que me apaixona é a tua presença na cor desta areia, junto a este mar, debaixo deste céu.

Existirmos vivas, juntas, faladoras, cúmplices, na cor desta areia, junto a este mar, debaixo deste céu.

~CC~

12 comentários:

  1. Se bem percebi, CC, esse é o maior amor do mundo :)
    E se assim for, é também por um amor assim que estou definhando aqui longe do mar.
    Será que é por ser de um signo de Água, por ter nascido na grande Aldeia com o Tejo sempre perto, por ter vivido 10 anos a olhar o Atlântico (e a roer laranjas na falésia)?
    Não sei! Sei que sinto uma falta tremenda do azul e de todas as outras cores do mar, do cheiro a maresia, do mar de prata nas noites de lua cheia.
    E, plagiando uma Senhora que muito admiro, também eu quando morrer vou voltar para viver os momentos que não vivi junto ao mar.
    Enjoy CC!

    Maria

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  2. :))
    Isso é que é vontade de viver em companhia, hem? Mas se tem assim uma amizade ou um amor, aproveite. Que, lugar e companhia estão a gosto.

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  3. Maria, é isso mesmo, é daqueles amores que nunca acabam:)
    Mas aguentar viver longe do mar? Tenho dúvidas, talvez conseguisse mas ia sofrer tanto ou mais do que a Maria. Inventaria azuis e ondas e levas de espuma...

    Bea, pois claro, e se calha a Bea também tem um amor desses, quase todas as mulheres têm desses amores, embora ser mãe seja uma opção e não uma obrigação.

    ~CC~

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  4. Então não me enganei :)
    Só que neste caso, CC, eu sou a filha, e vou ficar aqui Até ao Fim.
    E sim, vou inventando "azuis e ondas e levas de espuma", e recordando areais com gaivotas e falésias com ninhos de cegonhas e ilhas com ou sem pessegueiros.
    Se ao menos a cidade tivesse um rio...
    CC lembrei-me agora que costumava segui-la no blog do Paulo Abreu e Lima (adorava as fotografias dele).
    Era a CC, não era?

    Maria

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  5. Hummm... tenho dois amores dessa natureza, são omnipresentes no mar da vida, que não no de areais e ondas. E tenho outros amores que partilham do meu gosto marítimo. Mas quando o mar se diz no feminino e é praia, essa tonalidade que me alimenta e revigora,melhor a recolho a sós. Que, mesmo rodeadas de gente, prezamos os nossos momentos de confidência, eu e a água.
    Sim, no início de tudo, ser mãe é opção, depois passa a razão necessária.
    Bons momentos junto do mar:)

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  6. Isto está tão poético por aqui, que até me está a custar meter a faca crua e fria da minha prosa realista. Mas, cada um utiliza a ferramenta com que se ajeita!
    Diz-se que o amor maternal tem uma essência divina. O amor dos pais é incessante; neles podemos confiar e contar os nossos receios, sentimentos e amizades. São verdadeiros tesouros.
    O amor filial é um reflexo do amor recebido. A dificuldade pode surgir com o aparecimento de uma terceira pessoa — a nora. Qual o filho que já não vivenciou dificuldades no relacionamento entre sogra e nora?
    O acto de duas pessoas se conhecerem, namorarem e casarem faz parte do desenvolvimento humano.
    O problema é que quando casamos, não casamos apenas com uma pessoa, mas sim com uma família que inclui pai, mãe, sogro e sogra.
    Culturalmente é sabida a dificuldade que muitas noras e sogras têm de se relacionar. Algumas passam a vida trocando farpas, outras não conseguem conversar e conviver no mesmo lugar.
    É desgastante para ambas viver nesse conflito eterno, mas a situação é muito pior para o homem que fica entre a mãe e a esposa o tempo inteiro. O papel do marido/filho é terrível e falo por experiência própria. Como separar o amor de mãe e o amor de esposa e colocar estas duas mulheres nos seus lugares?
    Procuro a toda a hora ser conciliador, mas reconheço que a maior parte das vezes há uma parte de mim que se anula.

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    1. Como é que é, Joaquim? Disse que é divorciado ou separado... bom, é verdade que pode sê-lo e viver maritalmente com alguém.
      Conheço muitas - e pode crer que são muitas - noras e sogras que se estimam e dão bem; outras há que se respeitam sem intimidades; e depois há as que não se toleram mas fingem em função do homem que as une e desune. E as que, de uma parte ou de outra estão sempre a pôr areia na correnteza dos dias.
      Mas, porém, todavia, contudo, há um facto essencial: elas têm papeis diferentes na vida dele. Estão sempre em lugares diferentes. E, se quer saber, o papel do homem neste aspecto é o mais fácil. Havendo contenda ciumenta, é entre as duas que se joga a harmonia ou desarmonia. Além do mais, eles por norma nem vêem as alfinetadas que acontecem de uma a outra. Pode crer que tudo depende muito do carácter das contendoras. Os homens, desculpe a franqueza, preferem refastelar-se nos dois amores, estão servidos:), que pode interessar-lhes mais?! É que nem chegam a dar por nada. Isto, é claro, com as devidas ressalvas; acredito que nem todos sejam assim. Como acredito que os filhos únicos e os caçulas sejam, em geral e descontadas as patologias, casos mais problemáticos (pura convicção pessoal).
      Mas o senhor dirá. Que hoje para mim é sexta e tenho de me ir chegando ao trabalho.
      Bom Dia:)

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    2. Fez-me ir ver onde é que eu disse o que disse, desde o início dos meus escritos. Creio que a sua dedução (o poder associativo da mente é terrível) só pode derivar de uma crónica a propósito de trabalhos domésticos eu ter comentado com a minha experiência desgastante que me tinha levado a meter os papéis para o divórcio. Contudo como sabe, até ser decretado o mesmo, passa-se por várias tentativas de conciliação...

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  7. Olá Maria, não sou essa CC que também lia e gostava (acho que ela escreve um outro blogue mas não tenho a certeza). Por isso ando sempre acompanhada de mar ~CC~, uma onda antes, outra depois:) Também pensava que o seu blogue era o da Maria Eu, mas não é, pois não?
    Joaquim, o meu treino de famílias "tradicionais" é zero, não tive uma, não construí uma. Oiço falar dessas coisas que refere e sei situá-las do ponto de vista de uma profissional ligada às relações sociais e humanas mas nada mais. Durante anos nem sabia usar essas designações de nora, sogro, etc e agora até lhes sei o significado mas nunca uso, uso apenas o nome das pessoas. Eu vivo na lógica dos meus, teus, nossos, outros que apareçam e a minha família é uma rede de pessoas dispersa por vários lugares do mundo, ocasionalmente junta, ocasionalmente feliz.
    ~CC~

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    1. Que ideia mais bonita ~CC~ essa das ondas do mar: adorei!
      E eu não tenho, nem nunca tive um blog. Habitualmente apenas comentava nos blogs do sapo; ultimamente o blogger simplificou-me a tarefa de comentar aqui criando uma espécie de perfil que eu vou actualizando, um pouco a medo, pois não percebo nada disto :)
      Há dias pus aqui uma esteva, flor belíssima e muito abundante nesta zona quente e seca onde agora vivo.
      Dia feliz ~CC~!

      Maria



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  8. CC, esta sua rede dá vontade de me deitar nela, debaixo do vosso céu.

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  9. Venha Laura, esperamos por si:)
    ~CC~

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