domingo, 18 de dezembro de 2022

Apanhada ali na curva

 

Fui desgostando de almoços e festejos natalícios com amigos, colegas e estudantes. Restaurantes cheios, troca de prendas sem muito sentido, demasiado álcool, pouca ou nenhuma relação com algo que se possa aproximar do significado da quadra. Desisti, reservo-me para uma festa apenas, a da família, isso enquanto a minha mãe for viva e a minha filha puder estar comigo, a ausência de uma dessas variáveis rapidamente me tornará um pássaro.

Mas fui apanhada de surpresa por uma turma de gente grande. Talvez por se encontrarem aqui já adultos, cada um vindo do seu canto, muito diversos, tenho feito com eles uma caminhada que tem tido momentos difíceis (são aulas tardias que entram pelo fim de semana e incluem sábados inteiros) mas também bonitos, às vezes quase mágicos. Por isso fui apanhada pela festa de Natal deles, convidada de um dia para o outro, não houve como fugir pois o almoço de sábado, é mesmo ali, somos só nós na escola vazia. Na troca de prendas recebi em letras recortadas a madeira, em tamanho bem pequenino, como se fosse um segredo, a palavra felicidade. Emocionei-me.

~CC~

2 comentários:

  1. Os inesperados de Natal são a beleza da quadra. Ou fazem parte.

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    Respostas
    1. Provavelmente:)
      Esta é uma semana muito sua Bea, acompanho-a com a magia que sobrou da minha infância e de muitos natais bons.

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