Fugiu-me Outubro à velocidade que a areia me cai entre as mãos se as abrir. Fugiu-me Outubro como se todo um mês tivesse sido vivido naquela velocidade dos banhos matinais. Fugiu-me Outubro enquanto tentava prolongar os dias e adiar a hora das noites. Fugiu-me Outubro nos sonos inconstantes entre o sofá e a cama, sonâmbula entre ser demasiado cedo para acordar e demasiado cedo para dormir. Fugiu-me Outubro enquanto tentava acabar sem conseguir o livro do Clube de Leitura. Até os espectáculos a que assisti não perduraram na memória, tão cheia de pressas que ela andou.
Apenas ficou Outubro no dia em que a chorei, em certas manhã de domingo em que ouvi música, em certos dias em que consegui pisar as folhas amarelas e reunir paus com que desenhei ninhos para aves ainda inexistentes.
~CC~
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