É um verão de manhãs de bruma, faço um exercício aritmético em torno da hora em que o sol espreitará. Espero outras coisas ainda. Um banho com temperatura quente de mar, um acordar com piar de pássaros ou pelo menos sem ruído de carros. Uma refeição demorada, em que não apetece levantar da mesa. Um livro que me apaixone. Acordar vários dias perto de ti, sentir o teu braço matinal e preguiçoso a passar por cima de mim. Sentir as raparigas num qualquer quarto da casa, na galhofa em torno de coisas parvas. Passar por uma feira pimba em qualquer terra, só para ver o artesanato regional, comer um petisco e rir da fatiota da moça ou do moço que pisará o palco. Durante uns dias pensar que não há nada para fazer, convencer-me que o mais que há é pensar onde haverá uma lagoa, uma piscina, um bocado de mar, um bocado de verde, uma aldeia bonita, umas compras numa mercearia ou num supermercado cujo nome não me seja conhecido. Manhãs de bruma, há muito que não havia tanto nevoeiro em Agosto. É preciso paciência para esperar o sol, acreditar que vem.
A escrita era intermitente cada vez mais por excesso de trabalho, pouca vontade de estar ao computador porque é o meu instrumento privilegiado de trabalho, pouca apetência por comunicação não presencial, agora são as intermitências estivais que se aproximam
.
Até mais ver* como se diz no país irmão, no qual em breve (me) nascerá um sobrinho-neto, não o primeiro a nascer em terras brasileiras, mas o primeiro carioca e filho de emigrante recente, de um sobrinho muito querido.
* não por força de qualquer acordo ortográfico mas porque apetece de vez em quando aquele português açucarado.
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