quarta-feira, 5 de maio de 2021

Ódios de estimação

 


Influencer(s), livros de auto-ajuda, roteiros turísticos.


Ou seja, pessoas que sabem o que as coisas são, isto é, como deve ser a vida delas e a dos outros todos a caminho de uma suposta ideia de felicidade que também dominam. São capazes de prever o destino de uma pessoa, uma família ou mesmo o que acontecerá a cada um depois da sua morte. Acreditando que como elas dizem a minha energia se materializará num outro ser vivo, só peço que não seja numa barata. O referido bicho também entra nos meus ódios de estimação.

~CC~

 

6 comentários:

  1. Conheço algumas dessas pessoas. Quando a infelicidade lhes bateu à porta surpreenderam-se, o que não era suposto. E reagiram bastante mal, atendendo ao conhecimento que supostamente possuíam. Mostraram-se a final como são: iguais a toda a gente.
    Tenho repelência a tudo que se arraste excepto as assustadiças e inofensivas lagartixas.
    Bom dia.

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    1. Ah, ah...também suporto largatixas, eram animais quase domésticos na minha infância:)
      ~CC~

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  2. Não sei se é aos pastores que também se refere. Eu tenho, infelizmente, alguns preconceitos e um deles é a respeito das igrejas evangélicas tipo Mórmons, Testemunhas de Jeová, IURD e outras do género.
    Aborrece-me ser assim, até porque respeito todos os credos e confissões.
    Tenho pensado de onde me advém este sentimento hostil e parece-me que seja justificado pelo comportamento dos seus agentes - os missionários e os pastores.
    Quanto aos pastores, especialmente na IURD, onde era suposto eu ver paz, compreensão e misericórdia, assisto, ao invés, aos seus discursos inflamados na cobrança do dízimo, e a uma oratória demagógica com laivos de charlatanismo e curandeirismo.
    Por outro lado, não suporto a actividade dos missionários evangélicos do género porta a porta, todos engravatados e saídos da lavandaria, de pastinha na mão, com o seu discurso infalível e preparado para desarmar qualquer argumento que se lhes oponha.
    Recordo minha mãe quando um dia um lhe bateu à porta:
    - Quem é?
    - Se faz favor, venho transmitir-lhe a palavra de Deus.
    - Obrigada, mas quando quero ouvir a palavra de Deus vou à igreja.
    E não abriu a porta.

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    1. Se me é permitido, Joaquim: oiço melhor a palavra de Deus nos necessitados, na inocência das crianças, nos velhos que gostam de contar não têm quem os escute. Mas não desdenho de quem tem fé em qualquer credo e acho difícil essa missão de andar de porta em porta. O discurso deles, parece-me, é fácil de desmontar, mas acho que não vale a pena, não são ecuménicos. E aborreço toda a religião que se acha o único caminho para Deus. Acho pretensioso. Mas todas se arrogam esse direito. Talvez eu tenha construído um Deus à minha medida, entendo que os caminhos são diversos e pela crença se chega ao mesmo ser omnipotente e amoroso. Que é como na vida, todos temos que andar, mas não o fazemos da mesma forma ou nas mesmas sendas. Combata-se a monotonia.
      Bom dia e desculpem a intromissão.

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    2. Joaquim, se fossem só esses...o mundo está cheio de gente assim, ou seja, que tem o segredo da pólvora e descobriu o ingrediente secreto da felicidade; é nas medicinas alternativas, nos gurus espirituais, na moda, nas comidas...e até no amor...ao é deles e da Internet como veículo até tenho pena dos que pregam de porta em porta...

      Pois é Bea, admiro isso, quem constrói caminhos à sua medida...e não tem nada que pedir desculpa, é sempre muito bem vinda.

      ~CC~



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    3. Bea, intrometa-se sempre que lhe aprouver.
      A sua identificação da palavra de Deus, fez-me lembrar Alberto Caeiro.
      Eu, que me considero agnóstico, ainda não Lhe ouvi a palavra, mas também não me considero mais infeliz por isso.
      Quanto aos caminhos da vida que cada um percorre, lembro uma passagem de Alice no País das Maravilhas:
      - Este caminho que sigo é bom?
      - Depende para onde queiras ir...
      - Tanto me faz.
      - Então, esse caminho serve.

      Bom fim-de-semana

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