Estou a 1000m de altitude, o ar circula de forma diferente.
Em grupo eles cantam, os mais velhos têm destaque, mas procuram integrar os mais novos. Admiro até à medula o trabalho daquelas pessoas e dele, sobretudo dele. Há uma humildade, uma singeleza, uma energia tranquila, os olhos azuis muito bonitos num rosto levemente tisnado. Já deve ter sido um homem muito bonito mas conserva, creio mesmo que a idade lhe terá acrescentado mais beleza. O poema é sobre a mãe, de um autor popular, desconhecido. E ele chora, chora tanto que abandona por momentos a sala. Poderia amar aquele homem, talvez o ame. E contudo esse amor chega-me sem desejo de possuir ou de ter, tenho a consciência de que as nossas vidas jamais se poderiam cruzar.
Mas enche-me de felicidade achar um homem belo, admirá-lo. Em geral não acho os homens nem atraentes, nem interessantes, raramente me fascinam. Este congrega a lua e o sol em grande harmonia.
~CC~
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