quinta-feira, 6 de junho de 2019

Identidade(s)



A paisagem molda-me.

Por isso fico quieta com o coração a bater suave junto ao chaparro e ao monte de pequenas roseiras bravas vermelhas, com os olhos presos em tudo o que dali avisto e é apenas o céu, as árvores, algumas aves.

Sinto a relatividade de todas as coisas como se cada uma ficasse mais pequena e nenhuma importasse assim tanto. Isso traz-me paz e a paz faz com que o meu sangue circule devagar e os meus olhos se fechem na indolência, saboreando o sol. Nestas alturas sei que preciso de uma aldeia e de uma casa no campo para que a minha vida possa seguir um outro rumo.

Depois volto.

E tudo acelera e se torna numa vertigem.

Qual delas sou mais eu?!

~CC~

3 comentários:

  1. Sim, a relatividade traz paz e à medida que a idade avança, lembramo-nos mais disso; julgo que é uma defesa.
    Cada vez tenho mais dificuldade em eleger as coisas mais importantes, a não ser o amor e a saúde, que estão no topo.

    CC, mas nunca sinto precisar de uma aldeia ou de uma casa no campo; mais de uma praia/mar/rio/céu ou cidade/bairro.

    Somos vários, acho e gosto de me perceber assim.

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  2. Parece precisar das duas. Sem sinais mais.

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  3. Isabel e Bea, pratico largamente as perguntas a mim própria...obrigada pela ajuda que me dão nas respostas:).
    ~CC~

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