segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

As noites do Dragão

 

Não, não vou falar da noite eleitoral de ontem...para múltiplos significados, análises e opiniões há por aí blogues de sobra (mas também já houve mais...). E as sondagens? O povo português continua a ser surpreendente e a teimar em não alinhar com elas. E os comentadores pagos a peso de ouro que acertam tudo ao lado?!

Mas por causa da noite de ontem, hoje sinto-me a precisar de uma noite do Dragão, ou seja, de uma aula de Chi Kung.

Com o evoluir da pandemia e apesar da pena que sinto por tal alteração, as manhãs tornaram-se noites e o ar livre e depois o ginásio passaram a ser a janela online pela qual o professor espreita. A mudança foi-me difícil e demorei mais a conseguir, dentro de casa, desligar-me.

Na última aula finalmente fui onda do mar, bocadinho de espuma, gaivota planando. Finalmente deixei que o meu corpo se transformasse num bocado de natureza, parte de um universo maior, gota entre gotas. Abracem-se, pediu ele no fim. Mas não havia ninguém para abraçar. O esforço teve que ser maior.

~CC~





7 comentários:

  1. Devemos permitir que o corpo faça o seu percurso de forma natural.

    Quanto às sondagens, são o que são, mesmo que pagas para dizer o que convém.
    Boa semana!

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    1. António, não acredito nessa manipulação das sondagens, ou se há, é de várias partes. Acredito é que não são rigorosas e bem feitas. Mas a verdadeira questão é para que precisamos delas...
      Bom resto de semana para si.
      ~CC~

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  2. O povo escolheu, está escolhido. Mas há dois extremos no que escolheu que o revelam: uma maioria absoluta à esquerda e um avanço mais que substancial da extrema direita. Ambos são escolha do povo. Das sondagens não faço muito caso. Sou povo.
    O "abracem-se" devia querer dizer a vós mesmos, o que sinceramente, é um desperdício e desafina o amplexo. Mas a gente aprende e sobrevive a tudo. A adaptação existe. Temos de plantar flores nem que seja no deserto, há que viver, CC. E também se vive sem abraços, sem beijos, sem. Acautelando a saudade, embrulhando-a em felpa a adormentar a batida, e ela deslaça sem estardalhaço.
    Que, no caso, a receita é de cada um.
    Tenha um bom dia.

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    1. Olá Bea, há sempre alguém a quem abraçar, mas às vezes não estão ali à mão e não me faz sentido abraçar-me a mim própria, aí o professor não me convence:)
      ~CC~

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  3. Diz a Bea do alto da sua sapiência que não faz caso das sondagens e remata lapidarmente sou povo. Pois povo somos todos e o povo que eu na segunda-feira ouvi no café onde todas as manhãs pico o ponto foi que se eu soubesse que ia haver maioria tinha votado no meu partido de sempre e que se as eleições fossem hoje não havia maioria nenhuma.
    CC nunca experimentei mas já vi gente a abraçar uma árvore e até a beijá-la, não sei se promove a saúde e a vitalidade mas acho que também liberta o corpo e a mente.

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    1. Eu que sou infiel por natureza e avalio em cada eleição em qual votar não sei o que é isso do "partido de sempre" mas se o tivesse não eram as sondagens que me iriam convencer do que quer que fosse...
      Quanto às árvores, já abracei algumas sim:) É bom, mas não é o mesmo.
      ~CC~

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    2. Balelas, Joaquim. Isso que se diz no café é só conversa. Garganta. Cada um votou livremente. Não venham com desculpas palermas.
      Sim, somos todos povo. Mas há muito povo que se acha outra coisa.
      E não sou sapiente, sou opinativa. Das vezes em que não me engano, na maioria, funciono por intuição.
      São as minhas balelas:)

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