domingo, 9 de janeiro de 2022

Inscrição


 



Poderei ver mil coisas novas e quero vê-las, ainda assim não perderei o amor pelas antigas, pelos lugares inscritos na vida, aqueles a que sempre voltarei.

~CC~



2 comentários:

  1. Também tenho assim uns lugares de onde nunca abalei. Por lá passeia o meu eu de serena descontracção gozando de um tempo sem idade. E a sua primeira foto fez-me lembrar um deles que o outro é na terra de meu pai, flanando por entre as laranjeiras, as botas a fazer caminho no ervaçal. Aos dois me prende a memória do coração, que nenhum outro - nem a Gulbenkian com sua beleza - lhes chega próximo. A beleza não é a essência da cativação. Do primeiro, sei que sou feliz em cada reencontro e estada; ao segundo prende-me o telúrico sentimento de pertença que reforça odores. Conheço a cadência das folhas na mais leve aragem, o som leve e materno da chuva que lhes lava o corpo, o baque descuidado das laranjas sobre o solo, o pipilar dos pássaros nos ramos, a plena surdina da vida vegetal que labora. E tudo isto mais não é que arreigado amor. Oxalá seja assim consigo, CC, uma plenitude de cada vez que regressa aos lugares: uma injecção de sangue novo.

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  2. Redutos de bem estar, à mão de semear:)
    Abracinho Bea e boa semana
    ~CC~

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