Juntos numa festa de anos, famílias que um par uniu e que por eles e com eles se aproximam, para lá das tantas distâncias, os pontos de encontro podem ser feitos da simplicidade que liga as pessoas boas.
Juntos no quintalinho em torno de uns frangos assados, uma salada de curgete e outra de beterraba com laranja, tudo produtos que alguém trouxe do lugar a mais de 100 Km onde mora. Nunca perdemos contacto mas jamais pensamos um dia estarmos ali, num só porque sim.
Juntos no meio da arrábida, onde inesperadamente crescem bananeiras e alcachofras, porque a terra pode ser generosa com quem a ama e os desconhecidos podem juntar-se para caminhar e comer uma melancia arrefecida na água da fonte. Alguns nunca mais verei.
Juntos porque me ligas por me saberes triste e me queres dar notícias para me animar, me fortalecer, me dar horizonte, não obstante em tantos quotidianos triviais não me atenderes o telefone.
Juntos depois de mais de trinta anos sem nos vermos, sentir o nosso encontro colectivo tão bafejado de alegria, viajamos entre o passado e o presente mas não nos deixamos prender nas teias de quem está ali só para recordar tempos velhos e já gastos, queremos ser um agora e um presente.
Juntos aqui na minha casa, a minha família mais estreita, mais consistente, mais imponderável, laços que nunca perdemos e reavivamos agora numa configuração adulta e sem amarras.
As pessoas boas, as pessoas boas juntas, eis o que nunca me deixa cair.
~CC~
É bom sabermos o que nunca nos deixa cair, CC, temos método de socorro. Que tenham sido bons momentos, esses que sabemos e são para si ancoradouros.
ResponderEliminarParabéns por tê-los conseguido. Mérito haverá em amizade de tanto ano. E a Arrábida deve ter gostado da companhia.
É maravilhoso ter uma família tão próxima, com laços que resistem ao tempo e às mudanças, evoluindo juntos na fase adulta, sem amarras, mas com uma ligação forte e verdadeira. Essas relações são realmente preciosas e dão-nos força e conforto.
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