Quando enfio a mão na mala até ao fundo encontro pequenos búzios ou conchas. E é por isso que sei que mora em mim essa miúda lunar que tu ainda encontras e a quem ainda amas.
Mas também tenho uma carteira e nela há cartões vários, alguns de descontos. E é por isso que sei que cresci, envelheci, matei-me a trabalhar para não ter ainda quase nada, sei que não nos encontraremos, que nunca me amarás novamente.
Mas isto são só devaneios a partir de uma mala de mão. Nela também guardo a imensa saudade que tenho de ti e de mim. Fica lá tão bem guardada que passo os dias sem dar por ela.
~CC~
Só na mochila da praia tenho conchas (não encontro búzios). E também em casa para não esquecer as horas solares.
ResponderEliminarGastei-me qb a trabalhar, de meu tenho um automóvel pequeno, um gosto. E nem dele vou precisar na morte, por isso, está tudo bem.
Ainda consegue devanear a partir de uma mala de mão, CC...está salva. E é um devaneio bonito, leve na tristeza como na ironia.
Um abraço