terça-feira, 4 de novembro de 2025

Não é o tempo

 

É possível pensar em alguém quase exclusivamente em função do sorriso e nascer aí, nesse centro de gravidade, uma pontinha de saudade, algo que emerge do entardecer para nos comover?

E depois passou porque o tempo não deixa, porque não é o tempo.

~CC~

3 comentários:

  1. Sim, depois passou. É isso mesmo.
    Um abraço.

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  2. É uma ideia bonita: o sorriso funciona como um imã emocional, um núcleo que atrai lembranças e sentimentos. O tempo suaviza, distende ou desloca a intensidade, mas não apaga por completo o fascínio daquele sorriso. Em suma, é natural que as memórias se fixem em gestos simples, como o sorriso, e que, com o tempo, essa lembrança se transforme, mantendo, ainda assim, uma nossa pele de saudade.

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  3. Voltamos à CC intimista, que se coloca no divã na busca de significados e faz de nós psicanalistas e que eu tanto aprecio.
    Um sorriso pode ser um princípio, geralmente o é, no seu caso uma saudade. Uma saudade de quem lhe sorri ou simplesmente dum sorriso em si mesmo, seja ele de quem for.
    Mas é curioso e triste CC, não haver tempo para a saudade e portanto é uma saudade sufocada, sem princípio.

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