quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Loucuras do confinamento

 

Não, não vou falar da forma como este país está a enlouquecer, preso de uma caça às bruxas nunca antes vista, da injúria, da acusação alheia. Sempre achei que havia pior do que o vírus e há quem já lhe tenha colocado o nome certo: banalidade do mal.

Prefiro falar-vos da minha própria loucura por ser mansa e inócua. 

Não é que hoje lhe pedi que me fizesse uns fritos para o almoço, qualquer coisa, peixe ou carne desde que fritinho e crocante. E não pedi mas pensei numa sobremesa tipo pavlova, coisa como sabemos pouco doce.

Enjoei da minha própria comida saudável, embora nunca tivesse tal como prática ortodoxa. Só posso atribuir estes súbitos desejos compensatórios à falta que o mar me faz. E os abraços, à falta deles.

~CC~

6 comentários:

  1. Essa loucura, com um frito aqui e um doce ali, assim de vez em quando, faz muito bem à sanidade mental. :)

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  2. As pessoas conseguem mesmo ser desanimantes. Estou de mal com as tvs armadas em cuscas e a forcejar por descobrir carecas, com os chico espertos deste mundo, com o baixo nível de acusadores e acusados. Só prejudicam.
    Quanto aos apetites, beeemmm...passo nos fritos, deixam-me um tanto mal disposta. Mas acho que também me agradava uma fatia de pavlova:), embora preferisse um bom arroz doce, uma fatia de sericaia e até mesmo um bolo de maçã e noz.
    E é que já nem sei de que sinto saudade, apanhando do chão e sem contar com o que está na árvore, é uma cabazada de coisas. Mas não deve ser de abraços, a saudade acontece com coisa que se pratica amiúde. Talvez seja também do mar. Persevero em acreditar que há-de haver verão e ele estará no seu lugar de sempre. Quem sabe o calor dissolve esta exasperação louca a que se assiste.
    Boa noite, CC.

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  3. Querem que confinemos e que, ao mesmo tempo, tenhamos hábitos alimentares saudáveis. Estou, agora, em confinamento, que procuro respeitar. Ao mesmo tempo, esforço-me por cozinhar comida saudável, para que o peso não aumente. Não é fácil. A tentação de compensar é grande!
    Um abraço, CC.

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  4. Tenho a sensação de que estou sempre a comer, mesmo sem fome nenhuma... todo o dia aqui a teclar, a conferenciar, a analisar...e desde que me tiraram os lugares habituais para caminhar, já nem me apetece, quem é que quer andar no próprio bairro?! Em geral sou de acatar as medidas, mas isto de nos impedirem de ir até ao mar está a dar cabo de mim. Força aí Deep...
    ~CC~

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