Consegui verbalizar junto dele com clareza: eu só quero paz. Só quando o disse, consegui entender o alcance da grandiosidade do que me alimenta. O areal e as ondas mansas, as árvores dançando verdes e tranquilas, aquele momento em que o dia mergulha na noite e as estrelas despontam, os abraços cheios e verdadeiros.
Sim, prefiro-a à paixão e ao desejo. Já tive o que baste, já não me apetece. Um dia tive um amor com o qual brincava aos beijos pequeninos, eram beijos leves, doces, roçávamos os lábios muito devagar e esfregávamos os narizes, nunca procurávamos a língua um do outro, fomos felizes enquanto aquilo teve aquela inocência, aquela leveza, profundamente infelizes depois.
Não acrescentei porque não vinha a propósito, mas espero que a paz seja o ingrediente necessário para que o sangue continue a correr vermelho dentro das minhas veias, animado pela esperança de saúde, quero mais uns bons anos de vida, dez seria bom, vinte uma maravilha.
Ainda não chegou a época dos desejos de ano novo e já estou aqui a prontificar-me para 2025.
~CC
Daqui a trinta anos vai-se sorrir para este post, embora eu já não deva cá estar para lho lembrar.
ResponderEliminarCompreendo-a perfeitamente e até a sigo, mas não posso deixar de lembrar que a capacidade de amar do ser humano é eterna embora as paixões não o sejam; como dizia Senancour, jurar amor eterno é não contar com o dia de amanhã.
Ainda é cedo para desejar votos de ano novo, embora a saúde esteja sempre presente. Um abraço CC.
ah, ah...é que ontem foi dia de análises na rotina 6/6 do centro hospitalar...e pronto...lá viajei para 2025.
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