quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Tanto mar

 

Dois minutos depois de a ouvir falar eu já tinha colocado açúcar no meu modo de falar e me tornado uma moderadora muito mais doce. Depois da segunda comunicação em Português do Brasil eu já controlava a ferros o "né" que estava prestes a sair no final de cada frase. Quando acabou, suspeito que os colegas de Lisboa e Portalegre ficaram confusos sobre o lugar em que a moderadora se encontrava, quem era e o que fazia afinal ali. E tudo deve ter ficado pior quando terminei afirmando "um dia quem sabe tomamos um cafézinho juntos". Devia reformar-me antes de confundir lugares, pronúncias e horizontes. 

~CC~


6 comentários:

  1. Verdade, o sotaque brasileiro é pegadiço. Depreendemos nós que tenha sido contacto por vídeo conferência (ou tomariam, logo ali - daí a pouquinho -, o cafézinho). E olhe CC que os portugueses, no seu linguajar comum, também lhe aplicam o diminutivo muita vez. Como escreveu algures Miguel Esteves Cardoso, pedimos as coisas no diminutivo e no passado, talvez no desejo de sermos agradáveis ou atendidos mais rapidamente e porque sabemos que demora o seu tempo a servir "era um cafezinho sff". Mas, como somos povos irmãos no linguajar, por que não misturar um pouco do seu falar no nosso. Dá abertura.
    Bom dia.

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    1. As misturas costumam dar bom resultado:)
      Boa noite, boa semana
      ~CC~

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  2. Gosto da ideia que li não sei onde, de sermos poliglotas dentro da própria língua!

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  3. É como a bea diz, um sotaque que contagia. :) Para além de que os portugueses, em geral, são muito de mimetizar. Basta ver como, quando estamos com os "nuestros hermanos", começamos logo a falar portunhol. :)

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    1. Ah, ah...Portunhol também é comigo...pena que no sotaque inglês seja uma nódoa, falta-me ouvi-los por um bom tempo (mas também não sei se tenho muita vontade).
      ~CC~

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