quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Banho de mar

 

Um Outubro assim, de sol e mar.

É como uma estrada que tomo na bifurcação sabendo que era a outra que devia tomar. Quando já a percorri absorvendo o cheiro a ervas, a maresia, a silêncio e, sobretudo, a liberdade, volto atrás e tomo a outra bifurcação. Fresco o banho de mar e ainda tão bom.

Vou seguindo pela estrada certa, cheia de agitação, barulho, ecos do mundo e, sobretudo, muito trabalho. Aguento-a na esperança de amanhã acordar e ser outra vez este Outubro de sol, ou aquele outro, em que experimentei pela primeira vez o sabor do teu beijo.

Quando a chuva chegar, acabam-se as bifurcações, os enganos, o faz de conta que ainda não começou mesmo, mesmo a sério. Espero não ficar excessivamente triste a cada hora que anoitecer mais cedo.

~CC~


15 comentários:

  1. Para já, parece que as previsões são de sol e calor...
    E quando começar a chover, vai fazer sapateado (ou galocheado) para o meio da rua, só ou acompanhada... possivelmente até vai gostar, se a companhia for boa ;-))
    Ânimo!

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    1. Olhe, tenho uma belas galochas que herdei da minha filha, há heranças assim, não há? Se enlouquecer ainda um pouco mais sou capaz de champinhar sim:)
      ~CC~

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    2. ~CC~, eu só queria que visse o lado positivo, divertido e purificador da chuva (de preferência na companhia de um nice guy), mas parece que falhei redondamente...
      Fica a intenção.
      :-)
      Beijinho soalheiro.

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  2. Banhos de mar em Outubro é sorte de quem vive perto dele. Os longínquos como eu invejam um pouco, mas a verdade é que o Outono se anunciou tão cedo que preparámos o espírito e os banhos ficaram lá atrás num tempo que não volta, mas na esperança de que haja outro Verão e poderemos experimentá-los de novo.
    Será que se eu tivesse assim uma bifurcação não embicava de vez em quando até ao mar. Eu, que só este ano vi um mar de inverno e o achei assustador e voraz. E era Novembro.
    Também me pareceu bem a sugestão da Maria, andar de botas de borracha à chuva tem o seu quê. O sapateado é que...

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    1. Bea, por isso sugeri o "galocheado" (será que ainda existem galochas?), mas só bem agarradinha a uns braços fortes, não vão as galochas derrapar no entusiasmo da coreografia 😄

      Agora, por favor, não se queixem da falta de mar, porque eu é que sou de um signo de água e nem me lembro quando foi a última vez que o vi...

      Boa noite às duas!
      🌼🌼

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    2. Eu tenho uma certa tradição de banhos de mar em outubro:) Junho também
      e bom:) Já em Novembro e mais para diante deixo para certos presidentes...
      ~CC~

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    3. Maria, é claro que existem galochas; eu chamo-lhe botas de borracha e tenho uns três pares:). As botas de borracha não derrapam, é o inverso, os pneus são de borracha:). E isso de bem agarradinha à chuva é que deve dar molha certa. Para chapinhar à vontade o melhor é que não esteja ninguém muito perto ainda leva com os salpicos, respinga mesmo. saltar a pés juntos dentro das poças de água é do melhor.

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    4. :)))) Eu referia-me à palavra e não ao objecto, bea.
      E a propósito, não é com o piso molhado e escorregadio que há mais acidentes? Para além do tipo de borracha ser completamente diferente...
      Mas eu estava a pensar numa cena mais romântica para a nossa "CC on the waves", nada de criancices de dar pulos nas poças de água, que para além de sujarem muito podem ocasionar quedas graves às jovens como nós 😄
      Bom fim-de-semana para todas.
      🍂🍂

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    5. ok, ok. Cada um pula como lhe dá mais jeito, a mim dá-me a pés juntos; sou pouco dada ao romantismo. O que não obsta a que se a CC estiver in the mood...

      Claro que há mais acidentes o óleo e gasolina entornados nas estradas mistura com a água e torna o piso ainda mais escorregadio. Claro que o piso molhado retira aderência, mas os acidentes com piso molhado devem-se também à má visibilidade e a outros factores que não a borracha dos pneus (desde que não estejam carecas).E sempre lhe digo que de botas de borracha tenho saber de experiência feito, uso-as há muito ano. E já caí grandes trambolhões, mas nenhum com elas calçadas. São seguras contra escorregadelas. Mas se em vez de borracha a sola tiver aquele plástico que a imita, aí cuidado, é queda certa. E é melhor não experimentar porque já me sucedeu por duas vezes, numa delas consegui ver estrelas e tudo. Não foi romântico.

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    6. Ah, se viu estrelas teve que ser romântico;)))
      Não vou experimentar, não, nem seria capaz de o fazer na minha actual condição física.
      E passei incólume pelo romantismo: nada de fotonovelas, telenovelas, comédias românticas e romances lamechas: feitios!
      Boa semana, bea.
      🌿🌼

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  3. As bifurcações trazem-nos a possibilidade da escolha, mas a estrada cheia de árvores escolhida, só depois de percorrida, nos indica se vimos o sol e o mar. Uma estrada deserta, com os seus silêncios, por vezes também é um bom caminho.
    Poder voltar à bifurcação, é o melhor que a vida nos dá: a liberdade de refazer o caminho.

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    1. Pois, não sei se volto atrás por haver ainda um querer ali na outra estrada ou se é apenas por ter de ser. O Joaquim e a Bea já podem seguir em frente...
      ~CC~

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    2. O caminho acaba por ser sempre em frente; até se se volta para trás:)

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  4. Em pleno outono, precisamos de manter o coração em flor. Cada dia é uma dádiva, uma haste onde um pássaro vai querer pousar.

    Um abraço, querida CC.

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    1. Querida Miss Smile, saiba eu ser e procurar as flores...
      Um abracinho
      ~CC~

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