O dia está cinzento e isso diz quase tudo sobre as sombras que caminham dentro de mim na memória do dia em que te despediste, faz agora dois anos. Sei bem que tinha chegado a hora, que querias ir, tanto quanto eu o desejarei quando o meu espaço de vida for uma cama. Queria, contudo, que tivesses sofrido menos e também que eu própria tivesse sofrido menos. A solidão que vivi nos teus últimos anos, um buraco que se foi cavando no interior de uma rede de proximidade que se esvaziava e se distanciava, é talvez o que mais me marcou.
Ainda assim esforço-me por te recordar alegre como te vi em certos momentos, trazendo mais esperança para romper estas nuvens, nem que seja com chuva, a água tudo lava e as lágrimas também nos limpam.
~CC~
E depois de lágrimas vertidas CC, contemple a maravilha que é a existência e alegre-se por ser capaz de o fazer, mesmo na solidão.
ResponderEliminarUm abraço.