terça-feira, 17 de março de 2020

Então, não somos aquele povo desenrascado e criativo?!




Liguei à frutaria de que sou cliente, uma loja pequenina, onde há os melhores morangos de toda a península. Tinham fechado, sem saber quando abrem. Sei que é um negócio familiar (mãe e filha) e estava a preparar-me para lhes dizer para me fazerem um cabaz e deixarem à porta, consciente que para eles devia ser difícil deixar os clientes entrar. A voz triste do outro lado da linha não apontou nenhuma solução. Perguntei-lhe se não continuavam a plantar e a colher lá no terreno, pois sei que a maior parte dos produtos são de produção própria, disse-me que sim. Então é fácil, exclamei eu, passo aí na horta. Do outro lado apenas um "não podemos". Nós portugueses, não temos a fama de ser desenrascados e criativos? Ou, além do papel higiénico, só sabemos esgotar a carne, o peixe, os ovos nos supermercados? Eu cá vou inventar novos pratos com magret de pato fatiado, umas lascas fininhas (a 2 euros) que parecem presunto e me parecem muito interessantes...era praticamente a única proteína disponível no supermercado.

O que vale é que ainda há negócios criativos, passe a publicidade...ora vejam...


"Continuamos aqui, por si, a pensar na sua saúde, dando alternativas, sempre a postos!"
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~CC~




8 comentários:

  1. E bem vamos precisar de criatividade...

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    1. Mesmo muito Luísa, e é coisa que nos estimulam pouco...
      ~CC~

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  2. pois é, se tivermos de ser criativos com as refeições. Para já, encomendei dois frangos caseiros. Depois logo se vê.
    A bem dizer, no quintal só tenho pássaros e flores. Poderei fazer salada de malmequeres amarelos salteada com folhas de aloendro. Ou molho de bagas de azevinho sobre caracóis apanhados na frescura. Ou ainda, pétalas de rosa em cama de relva. Qualquer dos pratos me parece óptimo para morrer de fome:). Para já, não me vou pôr a matar a passarada embora às vezes não me falte vontade. Que, se a fome venha mesmo não garanto nada. Não sei se aquelas rolas palermas a chamarem-se de madrugada -onde irão as duas tão cedo, senhores- não levam um estorcegão no pescoço e lhes desmancho a família num ai. Não sei não.

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  3. Vale a pena aproveitar este período para conhecer o pequeno comercio do bairro, ajudando-o a sobreviver.

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  4. Se calhar estão infectados... até aos morangos!

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  5. Pois, com a voz triste dela, cheguei a pensar nisso...mas não, acho que é mesmo só impotência, incapacidade de dar a volta à situação.
    ~CC~

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