Agora que Agosto se despede, tenho a certeza que as férias foram curtas. Preciso de descansar do que elas comportaram dessa agitação boa de percorrer caminhos, dormir em vários quartos e camas diferentes, andar sempre de mala aviada, encontrar a família, experimentar sabores, tomar banhos doces e salgados e palmilhar terras e areias. Um cansaço grande, quase sempre bom.
Imagino um Setembro que pudesse ser um segundo tempo de férias, em que poderia finalmente contemplar horizontes, ouvir silêncios, seguir durante muito tempo o voo das andorinhas, apaixonar-me por um livro, cansar-me de nada fazer, sentir saudades do trabalho.
Então, para quebrar o tédio, regressaria, apenas com as primeiras chuvas, com o cheiro da terra molhada.
~CC~