Bem sei que o cansaço se acumula mais do que a poeira em cima dos móveis. E que quando ele se deposita assim em nós, só o conseguimos sacudir deixando entrar a letargia, a renúncia, o abandono. Estou quase a chegar a esse limite.
É um dizer não que se vai pronunciado devagarinho até tomar força e se entregar a mergulhos de mar, tardes que se prolongam até se enrolarem nas noites, livros que se começam na incerteza de chegarem ao fim tantos são os passeios a chamar-nos. Que bom é sair apenas para ir comer um gelado. Até os blogues ficam em pousio.
Será esse cansaço dela? Sim, comecei este post a pensar nela, em como gosto dela e em como me faz falta. Penso que está bem e está de férias. Penso que está mal e por isso se distancia e se cala. Pergunto-me, pergunto-lhe. E isto tudo respeitando o seu silêncio.
~CC~