Será que a Paz começa quando acabam os desejos de ano novo e a antevisão das passas nos enjoa? Ou será que começa aí o desespero, o pessimismo e os nosso passos vagarosos para a morte?
É a arte de desejar a da paixão que nos move e estimula ou é tão somente ambição desmesurada por um quinhão de felicidade à nossa medida, sinal do egoísmo que a todos corre por dentro? E quando os viramos para o mundo, somos realmente sinceros? Quantas partes de nós estão dispostas a correr por essas metas?
Ou os desejos são as metas que estabelecemos de nós para nós, nesse contrato perigoso em que a fasquia é sempre mais elevada do que aquilo que podemos realmente conseguir? Mas não terá que ser ser sempre assim, quem deseja o que pode alcançar facilmente?
Equaciono três para o meu umbigo:
- Saber desafiar-me e não estagnar, sem correr demasiados riscos nem fazer demasiados sacrifícios.
- Sentir-me amada.
- Manter-me saudável.
Equaciono outros três para todos os umbigos (sim, estou a ver os vossos...)
- Voltar à normalidade, fim da Pandemia
- Passos mais decisivos para a protecção do Planeta.
- Fim do regime Talibã no Afeganistão, se possível, feito pelos próprios afegãos resistentes. Sei que há outros regimes políticos igualmente incumpridores dos mais elementares Direitos Humanos, mas deixem-me reagir ao choque que este me provocou.
Três é um numero de que gosto.
2022 tem uma certa magia nos números redondinhos, oxalá se cumpra, para todos vós que passam, mesmo que em silêncio, aquele abraço.
~CC~