Poderei chamar-lhes um mal do mundo, ou dois.
Negatividade sem saída nem nada de construtivo que aponte outra coisa ou mínimo futuro, nenhuma ideia de felicidade, quer para si, quer para os outros. São os becos sem saída, pessoas que são assim. Estamos com eles e não há um comentário bom, um elogio, uma luz no seu sorriso.
Positividade sem realismo, falsa ingenuidade e felicidade artificial, alicerçadas em teorias do tudo e do nada, se é que se lhe podem chamar teorias, a maior parte das vezes são apenas conjecturas e em nada ajudam à mudança de aspectos decisivos para o mundo e para a própria vida de quem as acarinha. Nem sempre são tontos felizes ou se tem que ser tonto para se ser feliz. Estamos com eles, passa uma borboleta, e é um sinal divino qualquer.
Não há um modelo de se ser, é verdade. Também não há uma só solução para um mundo melhor.
Mas há coisas que ajudam a viver e outras que não.
No outro dia tinha um saco com maçãs no supermercado, o saco rompeu-se e as maçãs espalharam-se pelo chão. Houve um senhor que as apanhou uma a uma e ainda foi buscar outro saco e mo devolveu assim, tudo arrumadinho, com uma explicação: sabe, estes sacos agora já não são de plástico, são mais frágeis, não coloque mais que 3 ou 4 maçãs. Achei extraordinário, a atitude, a explicação prospectiva, a generosidade. Nem lhe fixei o rosto, mas a atitude sim.
~CC~