Nenhuma mão dada a outra mão. Nenhum abraço. Nunca um olhar cúmplice trocado no meio de uma festa. Nenhuma canção. Contudo, uma vida juntos. Dia a dia, tantos dias tem um ano. Anos, tanta coisa a acontecer dentro dos anos, os filhos a crescer, os aniversários ora de um ora de outro, tantos Natais. A casa, a casa grande para corresponder ao sonho da família grande, a casa perfeita. Tudo a bater certo e ainda assim a dúvida persistente: havia amor?!
Tempo, tanto tempo juntos. Abraços talvez trocados assim incolores, invisíveis a terceiros. Uma vida tão grande quando quase todos os casais são de vidas curtas. Eles permanecendo.
No fim, junto à morte dela, aquele coração imprevisível de cravos brancos e a inscrição: com muito amor do....flores feitas coração, impossível imaginá-lo num homem tão contido, aparentemente um amante inexistente. O coração batia afinal, sabemos agora quando o dela deixou de bater. Terá ela sabido que o coração dele batia assim?!
~CC~
Mas não é uma pena que ela não tenha sabido?
ResponderEliminarO amor é, de facto, um lugar estranho.
(Gosto do filme. :))
Não faço ideia se o sabia...
ResponderEliminarHá casais assim, opacos para os outros e não sabemos se para eles também.
Também gosto do filme.
~CC~