Amanhã já é Segunda Feira outra vez, os dias passam rápidos entre quilómetros de estrada, andado de norte para sul e de sul para Norte, pelas estradas pagas onde euro a euro pagamos o Portugal dito moderno, procuramo-las quando o corpo já dói de rodar pelas mais baratas e circular entre o trânsito das nacionais que se aproxima do dos anos 80.
No hospital público, com a mais velha, voltei a saber o que são corredores e salas de espera absurdamente cheias e sem lugares sentados para a espera de horas e horas. No calor daquele piso apinhado, com uma média de idades acima dos 70 anos, não sei como as pessoas aguentam. Depois penso que são velhotes portugueses e aguentam porque sim, é o que melhor se sabe fazer neste país triste.
Um país triste cortado por alegrias breves: o mar quente deste sul, um mergulho agora mesmo, a pele que traz este nosso sal. Ontem o teatro na rua, maravilhosa companhia de pesquisa das tradições algarvias, a brilhar na noite de Tavira, casario branco do castelo. E em cada coisa boa que vejo e sinto pergunto-me o que nos falta se temos tudo, o que nos aconteceu para termos deixado de ser um país e passado a ser a parte mais falida da falida Europa.
~CC~
temos o mar e um povo melancólico, mas este mar recompõe apesar das tristezas
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