sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Promessa de mim para mim



Pela manhã, um sol tímido veio dizer-me para enxotar o cansaço e as meias gripes que espreitam há semanas, andando cá e lá entre a dor de garganta, o nariz fungoso e o corpo entorpecido. Dou-lhes sempre luta mas às vezes estou à beira de só desejar um cobertor quente enrolado em mim até o Inverno passar. Trabalho que não dá tréguas é uma coisa que ajuda qualquer vírus a disseminar-se, escorrega como manteiga no pão, usando viagens celulares de alta velocidade.

O sol tímido, as amendoeiras em flor, a tertúlia de fim de tarde. Tenho este condão de me animar com pouca coisa. E ultimamente aprendi a zangar-me com as instâncias das instâncias superiores e a dizer um não redondo de quando em quando. Sabe tão bem!

As amendoeiras em flor, há que arranjar tempo para as ir ver. Estão ali no amanhã dos amanhãs à minha espera. E uma tarte de alfarroba.

~CC~

1 comentário:

  1. Seguindo, portanto, o conselho do Rainer Maria Rilke (Cartas a um jovem poeta):

    «Se o seu dia-a-dia lhe parece pobre; não o lamente. Lamente-se a si mesmo, diga a si mesmo que não é suficientemente poeta para chamar a si as suas riquezas (…).»

    Estou cansada deste inverno chuvoso que só me faz evocar o Mário de Sá-Carneiro: «Ah, que me metam entre cobertores/ e não me façam mais nada!» (Caranguejola)

    Boa semana, apesar do mau tempo. Beijinhos

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