segunda-feira, 10 de julho de 2017

Pompa, circunstância e muito vazio.



Até me entusiasmei ao início, há quanto tempo não sou formanda, não volto aos bancos da escola, vamos lá aprender para que não me esgote a mim própria no que já sei. Se há algo de maravilhoso é nos apaixonarmos, seja por uma cidade nova, um livro, uma teoria, uma pessoa....

Mas conclui...

O mundo está tão cheio de copy-paste. De pompa, circunstância e muito vazio. Nada é afinal inteiramente novo e isso não tem nada de mal. O mal é o convencimento de que estão a criar de novo, a ser originais, quando não fizeram mais que reler os clássicos, mastigá-los e dar-lhes outra forma. E claro, um marketing adequado aos novos tempos e um selo da união europeia. E esperteza, muita esperteza, resumida na frase: não digam que isto é um projecto, já ninguém quer ouvir falar de projectos, digam antes que é "um outro olhar". 

Um outro olhar não, um embrulho novo. Até há facetas do embrulho que podem ser engraçadas, mas não se digam mestres, façam antes vénias aos que o são verdadeiramente, digam que beberam neles até ao tutano.

E ainda falta tanto para acabar a semana. A tentar ainda assim aproveitar alguma coisa e testar a minha paciência. 

~CC~

3 comentários:

  1. Será que se convencem a si próprios que são inéditos?

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  2. por cá há cada vez menos pachorra para conviver com o faz de conta...
    bom dia, CC

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  3. Luísa, no modo como copiam são a seu modo inéditos, a coisa é complexa.
    Ana, estamos entupidos de cientificidade como modo de vender um produto, a legitimação científica é o marketing da actualidade.
    Abraços às duas
    ~CC~

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