Deve ter sido um sinal bom não me ter lembrado. Mas havia qualquer coisa com o dia, senti-o mas não sabia exactamente o quê. E não, não era por ser o dia dos namorados.
Foi ontem o dia da entrada no hospital. aliás centro clínico, proibida que fui de lhe chamar hospital.
Serão apenas dois anos? Parece ter sido há tanto tempo. As imagens nítidas misturam-se com outras menos precisas.
Hoje, a data da operação. Pela manhã e durante dez horas a retirada do órgão, o longo bordado interior. Acordei e já era noite, demorou tanto tempo que quando soube que horas eram perguntei pelo que tinha corrido mal. E o cirurgião respondeu que nada. Só três dias depois saberíamos que sim, que afinal tinha corrido mal. Nem sempre o que está mal se percebe logo, no meu caso foi uma lenta caminhada para o perigo, ele a aproximar-se e eu sem perceber. A batalha, a grande batalha ocorreu no terceiro dia e prolongou-se por três semanas. Uma batalha travada em muitas frentes, com o corpo, com a cabeça, com o coração. O coração, esse que esteve sob ameaça por algum tempo, prestes a sucumbir. No primeiro ano fui lá, agradecer à equipa médica. Desta vez estou a lembrar-me agora.
Li algures que alguém se referiu ao seu cabelo como sendo o seu segundo. Eu também tenho um segundo cabelo, é uma feliz expressão para nos referirmos à conquista de mais vida.
~CC~
é curioso, sem saber qual a data, por estes dias lembrei-me desse tempo.
ResponderEliminarabraço, CC :)
Ana, não me esquecerei do seu apoio, lembro-me muitas vezes dele, como mesmo sem me conhecer foi capaz de tanta solidariedade.
ResponderEliminar~CC~
Estes momentos são os que realmente custam na vida
ResponderEliminarpor isso tudo farei para estar lá para quem precise de mim
e gosto que lá estejam por mim
Luís, que não aconteça...mas se acontecer que possa ter alguém junto de si.
ResponderEliminar~CC~
Celebre-se, então, a data. Mais do que uma cirurgia, foi um renascimento.
ResponderEliminarQue seja lembrada por muitos anos como sendo de superação!
Beijo :)