O sonho foi longo, cheio de pormenores e bastante intenso. Mas registo apenas uma ideia dele. Eu demorei imenso para chegar a um local lindo e paradisíaco que parecia ser nos confins do universo, andei horas por uma língua de areia rodeada de mar e se me distraísse poderia cair. Quando lá cheguei ao amanhecer estava efectivamente vazio e pensei ser a única pessoa que poderia usufruir daquela brisa ligeira e morna e daquela beleza de cortar a respiração.
Cerca de uma hora depois as pessoas começaram a chegar, vinham por uma espécie de porta muito disfarçada na paisagem, era um elevador que ultrapassava com facilidade um desnível entre aquele lugar e outro qualquer na terra, o que eu tinha demorado tanto a conseguir, era possível apenas em 5 minutos. Tiravam fotografias, riam, e voltavam pelo mesmo elevador. Eu estava ali estarrecida, morta de cansaço depois de uma noite em que mal tinha dormido e ao relento. Tinha um pequeno mapa e olhava-o tentando compreender, mas o mapa já tinha alguns anos e só indicava o caminho que eu tinha feito. E estava ali, incapaz de voltar pelo mesmo caminho e incapaz de usar o elevador.
Se os sonhos são sinais, este vai demorar algum tempo até o interpretar.
~CC~
Não vou comentar o seu sonho, CC. Porque não sei. Julgo que há sonhos sem interpretação possível:). Mas conto-lhe o meu, também desta noite. Sonhei que partilhava casa com duas amigas. Já não recordo muito bem uma delas que suponho ser uma prima afastada, mais nova que eu e com quem sempre acertei; a outra, inexplicavelmente, era uma ex aluna e, no sonho, éramos contemporâneas. Eu estava na casa de banho e comecei a ver as tampas do esgoto a ficarem húmidas, uma água que lhes nascia. Em breve as próprias paredes gotejavam e os cantos ganhavam água escura. Espreitei o autoclismo, puxei-o e a água escoou, castanha, mas escoou. Saí e chamei-as dando conta do problema. Fomos correndo à cozinha, uma garotinha vizinha tinha ficado em nossa casa por umas horas e lembrámos que podia ter aberto a torneira. Foi então que uma das minhas amigas desatou a correr até ao quarto, abriu a porta e deu um grito. O quarto tinha água até meio e as camas nadavam em brancura de edredon e lençóis. A garota tinha aberto por completo a torneira da banheira. Acordei com a nítida sensação de que nos fazia falta um aspirador de água muito potente para resolver o maior problema, mas não o tínhamos, de que os edredons de penas estavam arruinados, a casa não nos pertencia e os estragos ficavam por nossa conta. O que penso deste sonho é que antes de adormecer estive a ver uma série palerma cheia de situações aflitivas e deu nisto:))).
ResponderEliminarBom domingo.
Bea, talvez não faça a mesma leitura, mas...
Eliminar~CC~
~CC~ e Bea, gostaria de vos contar o que sonhei mas a verdade é que não me lembro. Ultimamente só tenho sonhado com situações desse género, daquelas em que é um alívio acordar.
ResponderEliminarPenso que sonhamos muitas vezes com o que nos preocupa e, creio que também já o disse, é por isso que gosto mais de sonhar acordada.
Bons sonhos para ambas, para a próxima noite :))
⚘⚘
Eu gosto muito mais de sonhar acordada:)
Eliminar~CC~
Gosto da palavra perseverança. Do seu significado. Desse misto de constância, firmeza e persistência aliado a uma atividade de duração prolongada.
ResponderEliminarTenho um metro e oitenta e um e há mais de quinze anos que peso sensivelmente o mesmo, oitenta e quatro.
Nos últimos tempos, devido ao excesso de sedentarismo, abusos no que se come e bebe, falta de exercício, estabilidade emocional, cheguei aos noventa.
Resultado: enfartamentos, calças sem servir, perímetro abdominal desajustado à minha auto-estima, dificuldade em calçar os sapatos.
Ao espelho, deixei de ver a silhueta de desportista que não fui mas que sempre me senti.
O sino tocou a rebate.
Encetei um programa à minha maneira. Nada de médicos ou nutricionistas ou poções milagrosas.
Exercício físico diário q.b., troquei o vinho, a cerveja, o brandy e a bagaceira pela água, reduzi a ração, evitei o consumo de carne vermelha e batata e troquei o sofá após o jantar por uma volta de vinte minutos ao quarteirão.
Não quero aumentar a carga física, nem passar a vegetal. Nada de fundamentalismos. Não quero comer só peixe, nem recusar almoços familiares de fim de semana. Não quero entrar em paranoia.
Portanto, só me resta a perseverança...
Hoje sonhei que tinha o ventre liso e tinha perdido quatro quilos.
Quando acordei corri à balança para me pesar. Só tinha perdido 100 gramas.
:))) Joaquim, que engraçado sonhar que perde peso. Nunca tal me sucedeu. Bom, penso que, fora as bebidas que não bebo e a volta ao quarteirão depois do jantar que não dou por ser solar e depois do pôr do sol vegeto fisicamente até que nasça um novo dia, eu bem que podia fazer um programa desses. Na verdade, bastavam dois quilos a menos para caber à vontade em certo vestido vermelho e até num preto que comprei e, digamos me assemelha à supermulher acima da cintura, facto que pode parecer bom mas não. Vá, vamos ser perseverantes, Joaquim (eu é mesmo para caber à larga nos vestidinhos). E prontos.
EliminarBolas Joaquim, só 100 com tanto esforço?! Essa balança é malvada!
Eliminar~CC~