quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Parados no frenesim da Avenida

 

Ditava a roupa, a mochila com o colchão enrolado e a barba de muitos dias que devia morar na rua. Estava parado a ler um cartaz de um congresso sobre Fernando Pessoa que ou já ocorreu ou muito em breve ocorrerá, não registei. Registei-o a ele e à sua atenção plena. A Avenida da República é um frenesim de movimento, uma onda que se movimenta rapidamente em dois sentidos. 

Mais ninguém parou, só ele bem junto ao cartaz e eu, a uma distância de um metro dele.

~CC~

5 comentários:

  1. Fernando Pessoa já pouco importa ao frenesim da Avenida da República e quase me atrevo a acrescentar que ao resto do país

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    1. Na última sexta-feira ao visitar a Rundgang que é a exposição anual dos estudantes da Academia de Belas Artes de Düsseldorf no final de um semestre de inverno, encontrei numa das instalações artísticas um livro de poesia do Fernando Pessoa.

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    2. Caríssimos, alguns poetas são imortais...mas se não forem lidos, nem o panteão os salva de uma outra morte. Haja quem o coloque em instalações artísticas...creio que ele gostaria da irreverência, um homem que quis ser tantos.

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  2. Respostas
    1. Bela frase para começar um poema, uma história...e sem dúvida, além de linda, verdadeira.

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