Não tenho uma posição assumida sobre as greves e tenho simpatizado muito pouco com elas nos últimos anos, são medidas de luta já velhas e de pouco impacto, rodeadas quase sempre de um discurso igualmente gasto. Mas tem sido um exagero esta quase criminalização da greve dos professores, numa estratégia clara de colocar uns contra os outros.
De facto parece que os sindicatos dos professores marcaram uma greve para coincidir com um dos dias dos exames do ensino secundário. Tenho falado com os alunos que encolhem os ombros, afirmando que se não for nesse dia, é daqui a um ou dois. Não os vejo muito preocupados, aliás não se estuda à última da hora e o que foi estudado deve ter validade para daí a uns dias. Falo cá por casa também, em que o estudo é frenético e intenso mas a preocupação com a greve dos professores é mínima.
No exame do 4º ano de escolaridade a direita reclamou que a esquerda tratava os meninos como coitadinhos, agora são eles a tratar os bem mais crescidos dessa forma. Um ai jesus que coitadinhos acordam nesse dia muito nervosos e depois voltam para casa sem fazer exame. Ficam prejudicadíssimos...o que não se faz num dia faz-se noutro e os calendários arranjam-se, ajustam-se.
Tudo isto se resume no seguinte: tocaram no ponto fraco do ministro, para ele não é sagrado o ensino o ano inteiro, só os exames são verdadeiramente importantes, é claramente essa a mensagem que passa. Estive há pouco tempo numa escola em que no 9º ano, nas disciplinas em que há exame, os alunos treinaram exames dos anos anteriores o mês inteiro. Treino, é a palavra usada e dá que pensar.
~CC~
Concordo em absoluto. Visite o meu blogue AEfetivamente, tenho lá pelo menos 3 posts sobre isto tudo. Quando chegar a casa linkarei o seu blogue no meu.:)
ResponderEliminarObrigada Faty, apareça por aí quando lhe apetecer.
ResponderEliminar~CC~