Há anos que vou lá. Muito antes de ser moda aquele canto do nosso país, aquele bocadinho que faz parte da nossa maior praia contínua, de Melides a Tróia. E trato aquela pequena vila por tu desde que fizemos lá um trabalho com os alunos e até na Igreja nos deixaram cantar. Dos maiores prazeres que tenho é sentar-me no largo pequenino, junto a três ou quatro bancas de mercado, a ler ou só a ver as pessoas a passar. Já mudou muito mas espero que algumas coisas não mudem nunca, que a pressão turística não mate o que resta de genuíno e bom.
Nós entrámos no restaurante só às 14h mas às 14h30m o rapaz atendia o telefonema e perguntava alto ao dono: estão a dizer que são sete e chegam às 15h, aceito? E o dono a dizer que não, nem pensar, a cozinha fecha às 15h. Assim mesmo, Alentejo no seu melhor, ainda há quem não se venda, quem não veja no dinheiro um altar, a cozinha tem horas e pronto e ponto final.
Amanhã há mais, venham mais cedo.
~CC~
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