O homem vive num gigantesco e agora global reality show. Quando nenhuma luz, nenhuma controvérsia, nenhum conflito o atira para a ribalta, ele definha, deprime, inquieta-se. E assim que o mundo se agita à sua volta ele rejubila, cintila, ri. Trata-se de alguém contaminado pela patologia da fama à superfície, da conquistada na espuma dos dias, no vazio das lantejoulas, na miséria da alma, desses que são alguém por terem um foco sobre eles a incidir mas que não são absolutamente nada quando a luz se apaga. É por isso preciso que a luz esteja acesa em permanência, quando não, há que atear incêndios, provocar tempestades, imaginar guerras, diabolizar povos. Costumamos rir destes loucos (e/ou condená-los) quando eles estão em países pequenos e sem poder, mas o que fazer agora que a loucura está instalada no (talvez) país mais poderoso do mundo?
~CC~
por isso é que eu gosto tanto de apagar a luz...
ResponderEliminarnão desistir de derrubar muros. e erguer a voz
ResponderEliminarbeijo
Laura, saber apagar a luz é uma coisa muito boa!
ResponderEliminarManuel, levantar a voz é tão bom como apagar a luz:)
~CC~