Pode durar apenas um minuto, às vezes uma hora, outras vezes quase um dia inteiro. O que sinto é uma alegria imensa por estar viva, só isso, pura alegria. Senti-o agora mesmo, no minuto que já passou. Senti-o por me poder vestir, sair e ir a pé pela cidade.
Não sei se todos conseguem perceber isto ou apenas os que estiveram na iminência de morrer. Não por surpresa, como acontece com um desastre súbito, uma calamidade, aqueles para quem a iminência da morte é o horizonte que se lhes apresenta como provável. Todos, quase todos ou apenas estes?
~CC~
Obrigada a um certo anónimo pela correcção e delicadeza, obviamente certo e nem sei como aconteceu... Não publiquei como pediu, mas o agradecimento fica aqui.
ResponderEliminar~CC~
eu percebo :)
ResponderEliminarMinutos que são como colheradas de saúde, ao alcance de todos.
ResponderEliminarAna, calculava que sim:)
ResponderEliminarTétisq, gosto desse termo: colheradas!
~CC~
CC, perceber, conseguem muitos; sentir o mesmo, no sentido de expressar de forma semelhante, nem que seja para os próprios, apenas conseguem os que estiveram na eminência de morrer.
ResponderEliminarPor outro lado, à medida que o tempo bom se vai tornando maior e o espectro da morte fica mais distante, a tendência é para que essas pessoas não sintam tão amiúde essa necessidade de agradecimento à vida.
Acontece, depois passa e volta mais tarde, mais ou menos como acontece com Santa Bárbara em dia de trovoada. Mas, sensação boa. E não passa disso? Será só psicológico? E o psicológico não influência a saúde?
ResponderEliminarIsabel, sim, é verdade que já a sinto tantas vezes mas apesar disso, quando vem, é com a mesma brutal intensidade.
ResponderEliminarJoaquim, é uma sensação boa sim, mas ao mesmo tempo uma aflição, como se a morte pudesse outra vez chegar perto, um aviso de que não posso desperdiçar a vida como faço tantas vezes.
~CC~
Sabe, há duas coisas que me afligem na vida, uma procuro combater diariamente a outra é inelutável; o desperdício da vida e o desencontro.
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